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Capítulo 4 de 6
1Exorto-vos, pois, – prisioneiro que sou pela causa do Senhor –, que leveis uma vida digna da vocação à qual fostes chamados,
2com toda a humildade e amabilidade, com grandeza de alma, suportando-vos mutuamente com caridade.
3Sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz.
4Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança.
5Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo.
6Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos.
7Mas a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo,*
8pelo que diz: Quando subiu ao alto, levou muitos cativos, cumulou de dons os homens (Sl 67,19).
9Ora, que quer dizer ele subiu, senão que antes havia descido a esta terra?
10Aquele que desceu é também o que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas.
11A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores,
12para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do corpo de Cristo,
13até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo.*
14Para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios enganadores.
15Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a Cabeça, Cristo.
16É por ele que todo o corpo – coordenado e unido por conexões que estão ao seu dispor, trabalhando cada um conforme a atividade que lhe é própria – efetua esse crescimento, visando à sua plena edificação na caridade.
17Portanto, eis o que digo e conjuro no Senhor: não persistais em viver como os pagãos, que andam à mercê de suas ideias frívolas.
18Têm o entendimento obscurecido. Sua ignorância e o endurecimento de seu coração mantêm-nos afastados da vida de Deus.
19Indolentes, entregaram-se à dissolução, à prática apaixonada de toda espécie de impureza.
20Vós, porém, não foi para isto que vos tornastes discípulos de Cristo,
21se é que o ouvistes e dele aprendestes, como convém à verdade em Jesus.
22Renunciai à vida passada, despojai-vos do homem velho, corrompido pelas concupiscências enganadoras.
23Renovai sem cessar o sentimento da vossa alma,
24e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade.
25Por isso, renunciai à mentira. Fale cada um a seu próximo a verdade, pois somos membros uns dos outros.
26Mesmo em cólera, não pequeis. Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento.
27Não deis lugar ao demônio.
28Quem era ladrão não torne a roubar, antes, trabalhe seriamente por realizar o bem com as suas próprias mãos, para ter com que socorrer os necessitados.
29Nenhuma palavra má saia da vossa boca, mas só a que for útil para a edificação, sempre que for possível, e benfazeja aos que ouvem.
30Não contristeis o Espírito Santo de Deus, com o qual estais selados para o dia da Redenção.*
31Toda amargura, ira, indignação, gritaria e calúnia sejam desterradas do meio de vós, bem como toda malícia.
32Antes, sede uns com os outros bondosos e compassivos. Perdoai-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou, em Cristo.